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10 de ago. de 1997

A primeirinha!


Depois de várias notinhas "anônimas", no dia 10/08/1997 assinei meu primeiro texto no Estadão. Foi emocionante e lembro-me de cada detalhe daquele dia e daquela época: tinha 19 anos, cursava o terceiro ano de jornalismo e fazia estágio no caderno de Política. Trabalhava com um pessoal super gente boa (a lista é longa, depois dou os nomes). 


Eles sabiam que era fissurada para colocar o pé na rua e encarrar a rotina da reportagem. Por isso, apoiavam minha campanha: "Editor, dê uma pauta para a ju!!" Foram quatro meses de insistência com a chefia até receber o chamado: "Juliana, tarefa especial para você: plantão no Albert Einstein (ponto)".
O Sérgio Motta (1940-1998), ministro das Comunicações naquela época, estava internado por lá, recuperando-se de uma cirurgia delicada. Era ficar de olho no quadro clínico do político e narrar qualquer novidade, como visitas ilustres. Foram 12 horas de vigília. (Depois, confira o texto curto e simples  logo abaixo.)


Passada essa experiência (que um dia conto mais detalhes), vieram muuuuuitas outras, como a primeira chamada de capa numa sexta-feira e numa cobiçada edição de domingo.









Motta tem boa recuperação de cirurgia

Ele foi submetido na sexta-feira a uma operação para a retirada do apêndice
Ministro também fez implante dentário

JULIANA TOURRUCO
Especial para o Estado

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, recupera-se sem problemas das cirurgias para retirada do apêndice e implante de dentes a que foi submetido na sexta-feira. De acordo com boletim médico divulgado às 12h15 de ontem, o ministro está "com recuperação adequada e sem intecorrência".O boletim é assinado pelos médicos Vitor Strassmann (cirurgião-geral), Bernardino Tranchesi Jr. (cardiologista), Laercio W. Vasconcelos (cirurgião dentista) e José Henrique Germann Ferreira (superintendente do hospital). Segundo a assessora do hospital, Elenice Cruz, Motta passa bem e está acompanhado da mulher, Wilma. Durante a tarde, o ministro recebeu a visita do senador José Serra (PSDB-SP) e do deputado federal Arnaldo Madeira (PSDB-SP). Pela manhã, Motta não recebeu ninguém.

O ministro foi submetido a uma cirurgia conhecida como apendicectomia (operação para a retirada do apêndice). Trata- se de um procedimento considerado trivial pelos gastroenterologistas. Além do apêndice, o ministro perdeu 3 centímetros do ceco, que é a parte inicial do intestino grosso. Sergio Motta deverá ter alta hospitalar até terça-feira.


Dia 10/08/1997 (há dez anos), na página A4, edição BRASIL, jornal O Estado de S. Paulo.
Ps-Sim, comeram um "o" do meu sobrenome.